O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é uma realidade mundial, mas ainda enfrenta estigmas que desafiam a saúde pública em relação à conscientização sobre o vírus e a AIDS. Se tratada, a carga viral torna-se intransmissível para outro indivíduo e garante uma vida longa e saudável ao portador.
A imunodeficiência do HIV é causada por transmissão sexual ou contaminação sanguínea. E o vírus possui potencial para infecção, causadora da Síndrome de Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS). Essa doença é adquirida quando não é feito o acompanhamento e controle do HIV.
De acordo com Jhonatan de Souza Passó, biomédico e professor do curso de Biomedicina da UNAMA, também existem testes de farmácia. Eles são seguros e o resultado fica pronto em até 30 minutos. "A infecção do vírus HIV é crônica e pode ser tratada para que não ocorra a AIDS. O diagnóstico pode ser realizado com saliva, soro, plasma sanguíneo e sangue total. Em laboratórios, o mais comum é o soro", afirma.
As pessoas diagnosticadas com soropositivo (portador do HIV) podem levar uma vida saudável, tanto física como sexual. No Brasil, o tratamento é feito com medicação composta por Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz. Segundo o biomédico, uma única dose diária tem efeitos no organismo que impedem a multiplicação do vírus. O acompanhamento médico é fundamental para observar a involução, pois, a partir de 6 meses com a carga viral indetectável, é considerado não transmissível por via sexual.
"Nosso país é referência no controle e tratamento do HIV. Os medicamentos não eliminam o vírus do portador, mas controlam de forma eficaz para que não seja transmissível para o parceiro. Esses remédios possuem alta eficácia na redução da carga viral e, por isso, são a primeira opção para o paciente soropositivo", explica Johnatan Passó.
Mesmo com o tratamento em avanço, a prevenção deve ser a primeira alternativa da população, enfatiza Passó. Além do uso de preservativo, há medicamentos capazes de bloquear a instalação do vírus no organismo, como a PREP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição). O especialista descreve que é possível evitar o HIV antes e após relações sexuais.
"A PREP deve ser utilizada até duas horas antes da relação sexual. O indivíduo deve tomar dois comprimidos antes do ato e um comprimido durante dois dias. No caso da PEP, a medicação é feita por 28 dias e deve ser iniciada em até 72 horas após relações sexuais sem proteção. Infelizmente, ainda há baixa procura por esse último recurso", conclui.
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